Base evangélica
Mas os fariseus, tendo sabido que ele fechara a boca dos
saduceus se reuniram e um deles que era doutor da lei, foi propor-lhe esta
questão para o tentar.
Mestre, qual o grande mandamento da lei?
Jesus lhe respondeu: Amaras o senhor teu deus de todo o teu
coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito esse é o maior e o primeiro mandamento.
e aqui o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo.
Toda a lei e os profetas se acham nesses dois mandamentos
Mateus.
22:34 a 40. este
Base doutrinária
O mandamento maior
Caridade e humildade, tal o único caminho da salvação.
Egoísmo e orgulho, tal o da perdição.
Este principio se acha formulado em termos precisos nas
seguintes palavras : “Amarás a Deus de
toda a tua alma e o teu próximo como a ti mesmo; toda a lei e os profetas se
acham contidos nesses dois mandamentos”.
E, para que não haja equivoco sobre a interpretação do amor
de Deus e do próximo, acrescenta: “E aqui está o segundo mandamento, que é
semelhante ao primeiro”, isto é, que não se pode verdadeiramente amar a Deus.
Logo, tudo o que se faça contra o próximo é o mesmo que
fazê-lo contra a Deus.
Não podendo amar a Deus sem praticar
a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se encontram resumidos
nesta máxima: Fora da caridade não há salvação.
O Evangelho
Segundo O Espiritismo- Cap. 15:5.
107. CARACTERES GERAIS –
Predominância do Espírito sobre a matéria;
desejo do bem. Suas qualidades e poderes para o bem estão em relação com o grau
de adiantamento que hajam alcançado; uns têm a ciência,
93. DOS ESPÍRITOS
Outros a
sabedoria e a bondade. Os mais reúnem o saber às qualidades morais. Não estando
ainda completamente desmaterializados, conservam mais ou menos, conforme a
categoria que ocupem os traços da existência corporal, assim na forma da
linguagem, como nos hábitos, entre os quais se descobrem mesmo algumas de suas
manias. De outro modo, seriam Espíritos perfeitos.
Compreendem Deus
e o infinito e já gozam da felicidade dos bons. São felizes pelo bem que fazem
e pelo mal que impedem. O amor que os une lhes é fonte de inefável ventura, que
não tem a perturbá-la nem a inveja, nem os remorsos, nem nenhuma das más paixões
que constituem o tormento dos Espíritos imperfeitos. Todos, entretanto, ainda
têm que passar por provas, até que atinjam a perfeição.
Como Espíritos,
suscitam bons pensamentos, desviam os homens da senda do mal, protegem na vida
os que se lhes mostram dignos de proteção e neutralizam a influência dos
Espíritos
imperfeitos sobre aqueles a quem não é grato sofrê-la.
Quando
encarnados, são bondosos e benevolentes com os seus semelhantes. Não os movem o
orgulho, nem o egoísmo, ou a ambição. Não experimentam ódio, rancor, inveja ou
ciúme e fazem o bem pelo bem.
A esta ordem
pertencem os Espíritos designados, nas crenças vulgares, pelos nomes de bons
gênios, gênios protetores, Espíritos do bem. Em épocas de superstições e de ignorância, eles hão sido elevados à
categoria de divindades benfazejas.
Podem ser
divididos em quatro grupos principais:
108. Quinta classe. ESPÍRITOS BENÉVOLOS.
- A bondade é neles a qualidade dominante.
Apraz-lhes prestar serviço aos homens e protegê-los. Limitados, porém, são os bseus
conhecimentos. Hão progredido mais no sentido moral do que no sentido
intelectual.
PARTE 2ª - CAPÍTULO I
109. Quarta classe. ESPÍRITOS SÁBIOS.
- Distinguem-se pela amplitude de seus conhecimentos.
Preocupam-se menos com as questões morais, do que com as de natureza científica,
para as quais têm maior aptidão. Entretanto, só encaram a ciência do ponto de
vista da sua utilidade e jamais dominados por quaisquer paixões próprias dos
Espíritos imperfeitos.
110. Terceira classe. ESPÍRITOS DE SABEDORIA
. - As
qualidades morais da ordem mais elevada são o que os caracteriza.
Sem possuírem
ilimitados conhecimentos, são dotados de uma capacidade inte imperfeitos.
110. Terceira classe. ESPÍRITOS DE SABEDORIA. –
As qualidades morais da ordem mais elevada são
o que os caracteriza. Sem possuírem ilimitados conhecimentos, são dotados de
uma capacidade intelectual que lhes faculta juízo reto sobre os homens e as coisas.
111. Segunda classe. ESPÍRITOS SUPERIORES.
- Esses em si
reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Da linguagem que empregam se exala
sempre a benevolência; é uma linguagem invariavelmente digna, elevada e, muitas
vezes, sublime. Sua superioridade os torna mais aptos do que os outros a nos
darem noções exatas sobre as coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do
que é permitido ao homem saber. Comunicam-se complacentemente com os que
procuram de boa-fé a verdade e cuja alma já está bastante desprendida das
ligações terrenas para compreendê-la. Afastam-se, porém, daqueles a quem só a
curiosidade impele, ou que, por influência da matéria, fogem à prática do bem.
Quando, por
exceção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso e
então nos
oferecem o tipo da perfeição a que a Humanidade pode aspirar neste mundo.
Primeira ordem. - Espíritos puros
112. CARACTERES GERAIS. –
Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual
e moral absoluta, com relação aos Espíritos das outras ordens.
113. Primeira classe. Classe única. –
Os Espíritos que
a compõem percorreram todos os graus da escala e
95 DOS ESPÍRITOS
Se despojaram de todas as impurezas da matéria.
Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm
mais que sofrer provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação
em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus.
Gozam de
inalterável felicidade, porque não se acham submetidos às necessidades, nem às
vicissitudes da vida material. Essa felicidade, porém, não é a ociosidade
monótona,
a transcorrer em perpétua contemplação. Eles são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas
ordens executam para manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os Espíritos
que lhes são inferiores, auxiliam-nos na obra de seu aperfeiçoamento e lhes designam
as suas missões. Assistir os homens nas suas aflições, concitá-los ao bem ou à expiação
das faltas que os conservem distanciados da suprema felicidade, constitui para eles
ocupação gratíssima. São designados às vezes pelos nomes de anjos, arcanjos ou
serafins.
Podem os homens
pôr-se em comunicação com eles, mas extremamente presunçoso seria aquele que
pretendesse tê-los constantemente às suas ordens.
Igualdade dos direitos do homem e da mulher
817. São
iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?
“Não outorgou
Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?”
818. Donde
provém a inferioridade moral da mulher em certos países?
“Do predomínio
injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem.
É resultado das instituições
sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados,
a força faz o direito.”
819. Com
que fim mais fraca fisicamente do que o homem é a mulher?
“Para lhe
determinar funções especiais”.
Ao homem, por
ser o mais forte, os trabalhos rudes; à mulher, os trabalhos leves; a ambos o
dever de se ajudarem mutuamente.
A suportar as
provas de uma vida cheia de amargor.”
820. A
fraqueza física da mulher não a coloca naturalmente sob a dependência do homem?
“Deus a uns deu
a força, para protegerem o fraco e não para o escravizarem.”
Deus apropriou a
organização de cada ser às funções que lhe cumpre desempenhar.
Tendo dado à
mulher menor força física, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade,
381
DA LEI DE
IGUALDADE
Em relação com a
delicadeza das funções maternais e com a fraqueza dos seres confiados aos seus
cuidados.
821. As
funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão
grande quanto as deferidas ao homem?
“Sim, maior até.
É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.”
822. Sendo
iguais perante a lei de Deus, devem os homens ser iguais também
perante as leis humanas?
“O primeiro
princípio de justiça é este: Não façais aos outros o que não quereríeis que vos
fizessem.”
a) - Assim
sendo, uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a
igualdade dos direitos do homem e da
mulher?
“Dos direitos,
sim; das funções, não. Preciso é que cada um esteja no lugar que lhe compete.
Ocupe-se do exterior o homem e do interior a mulher, cada um de acordo com a sua
aptidão.
A lei humana,
para ser equitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da
mulher. Todo privilégio a um ou a outro concedido é contrário
à justiça. A
emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização. Sua escravização marcha de par com a barbaria. Os
sexos, além disso, só existem na organização física. Visto que os Espíritos
podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles.
Devem, por conseguinte, gozar “dos mesmos direitos.”
Parte de O Livro Dos Espíritos